Quem Se Importa? – é uma iniciativa do Centro de Estudos Africanos para Desenvolvimento e Inovação (CEADI) que visa informar, formar e promover uma cultura de direitos humanos em Cabo Verde, que tem como filosofia a não indiferença a solidariedade e a justiça social. 

O programa é um fórum de debate e da promoção da boa cidadania com a missão principal de gerar empatia, solidariedade a não indiferença e a justiça social.

Quem Se Importa? promove ações destinadas à educação para os direitos humanos e cidadania, em todos os aspetos da vida das pessoas, contribuindo para que as crianças e os jovens adquiram os conhecimentos, capacidades, valores e atitudes que lhes permitem compreender, exercer e defender os direitos humanos, assumindo o respeito em prol de um mundo de paz, justiça, liberdade e democracia.
O programa prevê a realização durante os meses de junho a novembro do corrente ano vários eventos, dentre os quais se destacam: oficinas temáticas, palestras, formações de capacitação e debates juntos da comunidade académica e associativa, seguido de um Fórum Nacional dos Direitos Humanos.

Centro de Estudos Africanos para Desenvolvimento e Inovação, lança o programa “Quem se Importa?”.
 
No passado 27 de abril, quarta-feira, pelas 15h00 de 2022, na sala de formação da  Associação Comercial, Agrícola, Industrial e de Serviços de Santiago (ACAISA)  foi lançado o programa o “Quem se Importa?”  que contou com a participação dos oradores, Dr. Paulino Oliveira do Canto em representação ao ICIEG e a Dra. Lígia Dias Fonseca, com a moderação a cargo da Dra. Katy Fernandes. 
 
“Quem se Importa?”. é uma rubrica desenvolvida pelo Centro de Estudos Africanos para Desenvolvimento e Inovação, que tem como filosofia a não indiferença a solidariedade e a justiça social.
Em termos de ação o programa visa informar, formar e promover uma cultura de cidadania e direitos humanos em Cabo Verde.
 
Em pauta estava os “Direitos Humanos em Tempos de Incertezas no contexto de Cabo Verde”, com intuito de estimular debate e reflexão sobre os impactos das crises sanitárias, ambientais e económico nos direitos humanos em Cabo Verde. O ato contou com a cobertura da comunicação social TCV.
 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO, DE IMPRENSA E O COMBATE Á DESINFORMAÇÃO
 
No quadro do programa “Quem se Importa?”, um fórum de debate, reflexão e a promoção da boa cidadania com a missão principal de informar/formar sobre os sistemas e mecanismos dos direitos humanos que tem como filosofia a solidariedade a não indiferença e a justiça social, o Centro de Estudos Africanos para Desenvolvimento e Inovação, organiza o Debate “Liberdade de Expressão, de Imprensa e o Combate á Desinformação”, que acontece no dia 03 de junho, próximo sábado a partir das 15:00 (hora de Cabo Verde, via plataforma digital com a transmissão na página do Facebook.
 
São oradores:
Karine Andrade Ramos, Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, com Curso de Aperfeiçoamento conducente ao Mestrado em Ciências Jurídico-Empresariais, pela mesma Faculdade.
É Conselheira da Autoridade para a Comunicação Social – Cabo Verde, desde julho de 2015 e Docente da Universidade de Santiago lecionando as disciplinas de Direito Comunitário e Direito Constitucional II.
Foi Consultora Jurídica do Ministério da Cultura de Cabo Verde e desempenhou o cargo de Assessora Jurídica no Ministério da Descentralização, Habitação e Ordenamento do Território.
Coordenou o Departamento Jurídico da Tecnicil SGPS, o Departamento de Recursos Humanos do Instituto Nacional de Previdência Social de Cabo Verde. Vice-presidente e secretaria da Assembleia Geral da Ordem dos Advogados de Cabo Verde, foi coordenadora de Estágio para estudantes de Cabo Verde e Timor-Leste, no âmbito do protocolo assinado entre a OACV e o Ministério de Justiça de Timor.
Prestou ainda assessoria jurídica à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
 
Foi docente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Jurídicas e Regente das Disciplinas de Direitos da Família e Menores e Contextos e práticas de Serviço Social no âmbito da Justiça.
Foi docente no Instituto Superior de Ciências Económicas e Empresariais, nas disciplinas de Direito Comercial, Direito Fiscal e Noções Fundamentais de Direito e ainda na Universidade Intercontinental de Cabo Verde na disciplina de Ética e Instrumento Legal. Ë docente da Universidade de Santiago lecionando as disciplinas de Direito Comunitário e Direito Constitucional II.
 
Vlademiro Furtado, Doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Brasil e, atualmente, atua na área de docência na Universidade de Cabo Verde, nos cursos de Graduação e Pós-graduação no Campo das Ciências Sociais e Humanas.
Além da docência atua também nas áreas de Investigação/pesquisa no âmbito da qual conta com publicações de artigos científicos cobrindo os campos da Ciência Política, Filosofia, Relações Internacionais e Integração Regional. Ainda, em termos académicos é membro do grupo de pesquisa “Processos Participativos na Gestão Pública e Parecerista da “Revista Debates” ambos vinculados à Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
 
A moderação esta o cargo da Jurista Katy Fernandes.
 
“‘Webinar’: Violência Obstetrícia Ofensa à Dignidade Humana e à Saúde da Mulher”
 
No quadro do programa “Quem se Importa?”, um fórum de debate, reflexão e a promoção da boa cidadania com a missão principal de informar/formar sobre os sistemas e mecanismos dos direitos humanos que tem como filosofia a solidariedade a não indiferença e a justiça social, o Centro de Estudos Africanos para Desenvolvimento e Inovação, organiza o Debate” Violência Obstetrícia Ofensa à Dignidade Humana e à Saúde da Mulher” que acontece no dia 7 de julho, quinta-feira a partir das 15:00 (hora de Cabo Verde, via plataforma digital Zoom.
 
Oradora confirmada: Ruth Rodrigues Mendes Ferreira, advogada especialista em violência obstétrica, presidente do coletivo nacional de enfrentamento à violência obstétrica Nascer Direito, palestrante, professora, mãe de 3 filhos.
 
Orador confirmado: Simão Aqueleu Costa é Enfermeiro, Docente na Universidade Intercontinental de Cabo Verde – ÚNICA, Supervisor dos Alunos estagiários da UNICV e Diretor clínico da Empresa, Clínica de Enfermagem em Casa e Membro da Comissão Técnica Especializada de Enfermagem.
 
Oradora confirmada: Vicenta Fernandes, Técnica Social. Foi Coordenadora de Alfabetização de Adulto no concelho de Santa Catarina e S.S. do Mundo a nível da OMCV. Coordenadora do projeto IPPF (Instituto internacional para o planeamento familiar). Técnica de Desenvolvimento comunitário, coordenadora de vários projetos Sociais na Delegação da OMCV em Santa Catarina e S.S do Mundo. Delegada da OMCV no Concelho de Santa Catarina de Santiago. Atualmente é Presidente da Associação Cabo Verdiana de Luta Contra Violência Baseada no Género. Vice-Presidente da Rede Mulher Jovem Paz e Segurança REMPCAO-CV, a nível da CEDEAO, antena Cabo Verde. Ativista social e de Género, Nacional e Internacional.
 
Observatório de Violência Obstétrica está confirmada, uma associação pioneira sem fins lucrativos, formada por Utentes e Profissionais do Sistema de Saúde, principalmente Mulheres e Mães, que visa melhorar as condições de atendimento às mães e filhos durante a gravidez, parto e puerpério.
Inicialmente formou-se espontaneamente como Movimento EuViVO a 21-10-2021, depois de um comunicado da Ordem dos Médicos (OM) para apoiar mulheres que sofreram partos traumáticos, atendimentos discriminatórios, sem acompanhamento na área da saúde mental e da saúde feminina (fisioterapeutas de saúde uroginecológica, por exemplo).
No dia 25 de janeiro de 2022 oficializou-se como um Organismo multiprofissional, que surge da necessidade de observar e denunciar publicamente a incidência das práticas que constituem violência obstétrica.
 
Em representação da Associação estará presente Lígia Morais e/ou a Carla Santos.
 

Fórum Nacional dos Direitos Humanos
“Efetivar Direitos e Combater as Desigualdades para Cumprir agenda 2030”

Dias 23 e 24 de agosto de 2022

CONTEXTO

O Estado de Direito Democrático encontra diretamente o seu fundamento de validade na Lei Fundamental da República, o facto é que a eficácia, a solidez e a perenidade dos direitos humanos como pilar central de uma sociedade política dependem em larga medida da incorporação dos valores a eles atinentes na consciência dos indivíduos e cidadãos que dela fazem parte. Neste sentido, assume grande importância o fomento e a consolidação de uma cultura de direitos humanos que consiga ter em cada cidadão um acérrimo apoiante e o seu primeiro defensor.

Cabo Verde tornou-se um regime democrático a partir da década de 1990, fundamentando-se como um estado de direito democrático, elevando a dignidade humana como princípio e valor supra estatal. O texto constitucional cabo-verdiano consagra um vasto catálogo de direitos fundamentais proclamados logo no preâmbulo e estendendo-se ao longo da constituição.

Sendo a dignidade humana o valor absoluto no ordenamento constitucional cabo-verdiano, é tarefa do Estado criar mecanismos que visam garantir, proteger e promover os direitos fundamentais dos cidadãos. Neste âmbito, importa salientar que, na ordem jurídica cabo-verdiana, o princípio do Estado de direito democrático vem consagrado de antemão no preâmbulo da lei constitucional, enquanto “garante um vasto catálogo de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, a conceção da dignidade da pessoa humana como valor absoluto e sobrepondo-se ao próprio Estado”.

No preâmbulo da CRCV, e posteriormente desenvolvido pelos, artigo 1.º, e no n.º 1 dos artigos 2.º e 3.º e ainda no artigo 7.º alínea c), a lei constitucional assegura que o primado do Estado cabo-verdiano está assente no estado de direito democrático. Desta forma, vem plasmado na CRCV que “Cabo Verde é uma República soberana, unitária e democrática, que garante o respeito pela dignidade da pessoa humana e reconhece a inviolabilidade e inalienabilidade dos direitos humanos como fundamento de toda a comunidade humana, da paz e da justiça.”

De facto, comparativamente a outras realidades, Cabo Verde é visto como um país respeitador dos direitos humanos e não têm havido registos de situações de violações massivas de direitos humanos. Toda via, a nível dos direitos económicos, sociais e culturais, destacamos vários desafios, nomeadamente no que se refere à igualdade e equidade do género, os direitos das crianças, os direitos das pessoas com deficiência e à garantia dos direitos de pessoas em situações excecionais, e dos imigrantes.

No domínio dos direitos civis e políticos, o sentimento de insegurança afeta o cumprimento efetivo do respeito pela liberdade e segurança pessoal.
Neste âmbito, o país é interpelado ao reforço da proteção dos grupos vulneráveis, que exigem medidas efetivas, entre os quais crianças, idosos, pessoas com doença mental, pessoas com deficiência, reclusos, imigrantes, etc.

Sendo assim, e porque os direitos humanos não são um dado adquirido, é necessário promovê-los, protegê-los e efetivá-los, por isso faz-se necessário, com base num sentimento de urgência de nos mantermos atentos aos temas dos direitos humanos numa altura em que em muitos lugares e que cada vez mais próximo de nós o Estado de direito democrático e proteção que promove os direitos humanos e da sua universidade esta a ser posta em causa de forma cada vez mais explicita mais brutal e mais consequente. 

OBJETIVO

  • Articular e mobilizar a sociedade cabo-verdiana na promoção e fiscalização das Convenções Internacionais e Regionais e os respetivos Protocolos em que Cabo Verde está vinculado.
  • Despertar a consciência nacional sobre os deves inerentes aos direitos humanos,
  • Estabelecer uma estratégia de comunicação para mudança de comportamento relativamente à violação e o respeito pelos diretos humanos.
  • Promover uma cultura de cumprimento, proteção e promoção dos direitos humanos.
  • Chamar atenção sobre desafios da globalização, as suas implicações nos direitos fundamentais dos cidadãos no contexto de Cabo Verde,

 

EIXOS TEMÁTICOS

  • Direitos Humanos e Segurança Pública;
  • Direitos Humanos e Responsabilidade da Família;
  • Desenvolvimento sustentável e direitos humanos
  • Educação e Cultura em Direitos Humanos
  • Direitos Humanos e Administração Pública
  • Direitos Humanos e Justiça Social.

 

RESULTADOS ESPERADOS

  • A elaboração e apresentação de um Plano de Promoção e Fiscalização dos Direitos Humanos (PPFDH) visando à disseminação de uma cultura de respeito e pelos dos direitos humanos,
  • Lançamento de uma rede de comunicador-multiplicadores de educação para os direitos humanos a nível nacional,
  • A institucionalização do Fórum Nacional dos Direitos Humanos, com realização anual,
  • Reforçar os mecanismos de defesa e garantias de direitos humanos,
  • O fortalecimento de trabalho em rede sobre os direitos humanos,

O Fórum está agendado para os dias 23 e 24 do mês de agosto, com o apoio da Presidência da República de Cabo Verde, numa abordagem endógena, holística e transdisciplinar, que associa todos os atores, a nível intergovernamental, governamental, poder judicial, comunitário, do setor privado e da sociedade civil.

A ordem de trabalhos do Fórum prevê a realização de uma mesa-redonda sobre a agenda 2030 e os Direitos Humanos, com a participação das instituições públicas e privadas, representantes dos governos, do Poder Judicial e da sociedade civil, que constituirá uma rampa para o lançamento de um movimento nacional e sustentável destinado a promover uma cultura de política pública assente no respeito pelos valores e princípios dos direitos humanos.

A programação Fórum Nacional dos Direitos Humanos inclui três painéis por dia, nas três primeiras sessões focar-se-ão nos seguintes eixos temáticos:

1.º DIA: 23 de agosto

  • Diálogo de Alto Nível – Agenda 2030 e os Direitos Humanos.
  • PAINEL 1: Direitos Humanos e Segurança Pública
  • PAINEL 2: Direitos Humanos e Responsabilidade da Família
  • PAINEL 3: Inteligência Artificial e Direitos Humanos

2.º DIA: 24 de agosto

  • PAINEL 4: Educação e Cultura em Direitos Humanos
  • PAINEL 5: Direitos Humanos e Administração Pública
  • PAINEL 6: Acesso à Justiça e os Direitos Humanos

Em cada sessão será composto por três oradores com temas distintos, alinhado com os respetivos eixos temáticos. Após o término do “Fórum Nacional dos Direitos Humanos”, será produzido um documento único com base nas intervenções de cada um dos painéis conforme a apreciação e aprovação dos textos pela comissão científica.

ATIVIDADES

 O Fórum será composto das seguintes sessões (agenda provisória):

 O evento decorrerá em formato híbrido, com a participação de convidados e público presencialmente e ‘online’.

PRIMEIRO DIA – 23 DE AGOSTO (terça-feira)

09:00 – 09:15

Boas-vindas e abertura

09:15 – 10:30

Diálogo de Alto Nível – Agenda 2030 e os Direitos Humanos

10:30 – 11:00

Intervalo – coffee break

11:00 – 12:00

PAINEL 1: Direitos Humanos e Segurança Pública

12:00 – 13:00

Almoço

13:30 – 14:30

PAINEL 2: Direitos Humanos e Responsabilidade da Família

14:30 – 15:30

PAINEL 3: Inteligência Artificial e Direitos Humanos

15:30 – 16:00

Enceramento do Primeiro dia

SEGUNDO DIA – 24 DE AGOSTO (quarta-feira)

09:00 – 09:15

Receção dos convidados

09:15-10:30

PAINEL 4: Educação e Cultura em Direitos Humanos

10:30 – 11:00

Intervalo – coffee break

11:00 – 12:00

PAINEL 5: Direitos Humanos e Administração Pública

12:00 – 13:00

Almoço

13:30 – 14:30

PAINEL 6: Acesso à Justiça e os Direitos Humanos

14:30 – 15:30

Ato de Enceramento do Fórum (foto família)

RESUMO

O quê: Fórum Nacional dos Direitos Humanos

Quando: 23 e 24 de agosto de 2022

Onde: Palácio Presidencial Platô, cidade da Praia.

Apoio: Alto patrocínio da Presidência da República de Cabo Verde.

‘Slogan’: Efetivar Direitos e Combater as Desigualdades para Cumprir agenda 2030