IMPACTO DA COVID-19 NAS PMEʹS O CASO DA GUINÉ-BISSAU

RESUMO
O advento do período pós-independência teve impacto a nível social e económico, no momento em que a Guiné-Bissau se afirmara como Estado-Nação. Esses reflexos negativos advêm da falta de investimento nas áreas sociais e, sobretudo, em infraestruturas básicas, nas atividades económicas criadoras de emprego, renda e melhoria de condição social, o que poderia provocar que os decisores políticos tomassem decisão que pudesse catapultar o desenvolvimento socioeconómico guineense. Assim sendo, o objetivo geral do presente estudo é analisar “o impacto de covid-19 às PMEʹs na Guiné-Bissau”, especificamente, observar e auscultar o comportamento dos principais agentes económicos (famílias, empresas e Estado) e os impactos no desenvolvimento socioeconómico do país, como um todo.
Para que os objetivos do estudo fossem alcançados, utilizaram-se dois métodos para o efeito: no primeiro realizou-se a auscultação dos operadores económicos, designadamente a diretora nacional do Banco Central dos Estados da Africa de Oeste – senhora Helena Nosolini Embalo – no segundo analisou-se a bibliografia-documental, nomeadamente a reprodução da opinião do economista guineense Carlos Lopes com vista a analisar a situação socioeconómica da Guiné-Bissau nas últimas décadas. Os resultados demonstraram que as PMEʹs constituem mais de 95% das empresas nacionais, não obstante, a economia guineense ser extremamente informal; o principal produto de exportação é a castanha de caju, na medida em que cerca de 90% da exportação é proveniente deste setor. Constatou-se que a economia guineense de per si é vulnerável a choques externos, razão pela qual os efeitos da pandemia covid-19 poderão ser ainda mais “gravosos”, tendo em conta à falta de diversificação da nossa economia; a crónica monodependência da castanha de caju, etc. Finalmente, o estudo poderá servir de instrumento útil aos decisores públicos na promoção do empreendedorismo na Guiné-Bissau, considerando o papel fundamental das PMEʹs na criação de emprego e riqueza; num país com 67% da população considerada pobre, segundo dados do Banco Mundial, 2018.
Palavras-chave: Guiné-Bissau, PMEʹs, OMS, Covid-19, UEMOA, BCEAO,

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